>>> Mercado do vício

Mercado público, que deveria vender alimentos e ferragens, está abandonado pelos governos de Marília e Iberê

Locais fechados, cães e gatos passeando, mulheres se prostituindo, gente consumindo drogas, viciados em álcool deitados ao chão, sujeira, comida derramada. Em meio a estes, traficantes se aproveitam para oferecer suas porcarias e os diversos bares acabam por poluir ainda mais o ambiente que foi planejado para que trabalhadores pudessem tirar do espaço o sustento da família.

Estamos falando do mercado público conhecido como o mercado novo que foi construído na administração da então prefeita Odiléia Mércia para dar lugar ao antigo mercado de cereais que ficava bem no centro de Macaíba e foi demolido para em seu lugar ser construída a Praça Augusto Severo.

O local já foi cogitado para ser um recinto destinado a venda de artesanato local e assim os artistas macaibenses tivessem um espaço para exprimir suas aptidões e valorizar ainda mais a cultura local que a tempos padece de incentivos e reconhecimento, como se simplesmente ela não existisse.

O uso do álcool no local é tão abusivo que a prefeitura até tem catalogado quem são (ou eram) esses alcoolistas e os encaminharam para algum centro de atenção a pessoas com vícios. Porém, o controle da venda de bebidas nunca foi proposto como medida para coibir o abuso aos que vendem e para os que consumem, tendo em vista que os locais onde hoje se formam esses botequins são da prefeitura que pode ditar normas e estabelecer critérios para o uso dos equipamentos públicos.

Já o governo do estado, que deveria dar conta da segurança, simplesmente abandonou o local. Quem trafega pelo mercado ou pelos seus arredores, corre o risco de ser abordado a qualquer momento por um bandido ou por algum viciado lhe pedindo dinheiro. Há anos que se fala da modernização da feira de Macaíba onde toda a área onde hoje se concentra a feirinha da semana e o mercado seria transformado numa grande praça de comércio popular, mas não passou de mera especulação e projeto que ninguém viu, nem mesmo no papel.


“Quando estou de serviço no centro da cidade, passo no mínimo uma vez por dentro do mercado realizando abordagens, buscando assim diminuir o tráfico no local. Infelizmente não posso ficar o dia todo no local, pois tenho a responsabilidade com outros bairros e escolas do município, o serviço é precário más está sendo feito. Macaíba tem hoje um déficit grande no efetivo policial, dos muitos soldados formados pelo o estado, poucos são disponibilizados para macaíba”. CABO HERONIDES
Fonte: O Potiguar