CASA DE FARINHA DE RIACHO DO SANGUE É REABERTA

O crescimento do setor no Estado permitiu a retomada de atividades, que já tinham dado por encerradas. No assentamento de Riacho de Sangue, em Macaíba, os plantadores resolveram, depois de um ano fechada, retomar as atividades da Casa de Farinha. Desta vez, em sistema comunitário. “Voltar a funcionar só foi possível por que conseguimos local para escoar a produção. Por meio de parcerias com Casas d farinha, de grande porte, em Cobé”, disse o agricultor Antonio da Silva. A mudança, apesar de ainda ser tímida na estrutura - que ganhou um raspador e um coador - mantendo o ambiente de desorganização e pouca higiene , tem reflexo maior na qualidade de vida das raspadeiras. “Antes a raspagaem toda era feita por nós. Hoje a máquina lava, tira a pele e a gente corta os bicos. Ajuda bastante”, disse Maria do Socorro Andrade, 27 anos, há dez anos raspadeira de mandioca.

O ganho real também se reflete no sistema de pagamento. Antes a remuneração se dava por caixa descascada, a uma média de R$ 0,20, o que rendia no fim de uma jornada diária de 8 horas cerca de R$ 10,00. “Hoje a diária passou a R$ 17,00”, acrescenta Vanilda Bernardo da Silva, 44 anos, que desde o dez anos trabalho na raspagem da fécula. Com o dinheiro as mulheres sonham em dar um futuro melhor para aos filhos pequenos, que não aceitos no trabalho da Casa de Farinha. “Esperamos é que se modernize cada vez mais para que as melhorias chegue a toda comunidade”, afirma Vanilda Bernardo.

Fonte: Tribuna do Norte