CASOS DE AGRESSÃO A MULHER ESTÃO CADA VEZ MAIS FREQUENTES

Seja na ficção ou ou na vida real, problema atinge mulheres em todo o país

Na novela e na vida real estamos acompanhando dois casos de violência contra a mulher. Em Fina estampa, a personagem Celeste chegou a apanhar do marido várias vezes. Em Natal, a estudante Rhanna Diógenes foi agredida dentro de uma boate. Casos como esses servem de exemplo para novas denúncias.

Confira na reportagem de Dayanne Oliveira.

Casos de violência contra mulheres são mais comuns que imaginamos. Raro mesmo é ter coragem para denunciar e para renunciar a uma vida humilhante. Esta psicologa diz que muitas mulheres, curiosamente, ainda preferem se submeter a essas circunstâncias.


- Muitas estatísticas não conseguimos ter porque são pessoas que nunca falam nada, são mulheres que apesar de se sentirem agredidas, de serem violentadas em casa ela por alguma razão ainda necessitam estar com aquela pessoa, ou acaba perdoando. Por uma necessidade as vezes por causa dos filhos, ou porque os homens detém o poder econômico em casa, elas acabam não dizendo – analisa a psicologa, Graziele Andrade.

Um desses exemplos é mostrado atualmente na novela das nove, Fina Estampa. Celeste, personagem de Dira Paes, representa uma esposa atormentada pelo temperamento agressivo do marido Baltazar, interpretado por Alexandre Nero. Na vida real as mulheres são violentadas de inúmeras maneiras: física, psicológica, moral, verbal ou sexual. A psicologia interpreta esse comportamento como uma forma de o homem compensar uma frustração interna.

- A violência física digamos que é uma maneira muito inadequada que o homem utiliza de descarregar toda a pressão interna que ele tem dos próprios conflitos internos que ele tem e acaba fazendo isso no ambiente em que ele tem um pouco mias de poder e onde tem uma pessoa mais frágil, onde ele possa de alguma forma se sentir mais forte - explica Graziele Andrade.

Mas o que a teoria explica não justifica qualquer ação covarde. E a sociedade reprova.

- É um falta de domínio, não consegue controlar os próprios instintos e quer as coisas a qualquer preço e se submete a passar por uma cena como essa de cometer crime, é crime a violência - ressalta Gabriela Nobre, estudante.

- É uma atitude que envergonha realmente os homens de verdade que prezam com o respeito as mulheres – diz Giorgione Cabral,estudante.

Porém, nota-se que a exemplo da novela, as mulheres aos poucos estão transformando os casos isolados em uma causa conjunta. Rhanna é exemplo desse pedido de justiça. A jovem que teve o braço quebrado após negar as investidas de um rapaz numa boate denunciou o caso a polícia. 

- É um excelente exemplo de como uma mulher deve reagir frente a uma situação como essa - diz Graziele Andrade.

INTERTV CABUGI