A prisão de um rapaz de 18 anos, que perambulou por cinco dias em diferentes Centros de Detenção Provisória (CDPs) e resultou com a raspagem de sua cabeça, foi parar nas Comissões de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa e da seccional norte-rio-grandense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O advogado Francisco Canindé de França denuncia que no dia 18 de março, o seu cliente Laércio Araújo Filho, foi preso na comunidade de Lagoa Grande, em Macaíba. Depois de cinco dias, ele terminou sendo levado para o CDP da Ribeira, onde teria tido a cabeça raspada por agentes penitenciários.
Além da denúncia aos Direitos Humanos da Assembléia e OAB, França informou que, ontem, protocolou a denuncia na Procuradoria Geral do Estado e também na Secretaria Estadual da Justiça e da Cidadania (Sejuc), cujo titular, o advogado Thiago Cortez, disse que até o começo da noite não tinha tido conhecimento, oficial, dos fatos narrados por Canindé de França.
Thiago Cortez disse que foi informado por assessores, de que não existe raspagem de cabeça de presos provisórios nos CDPs. Ele disse que todos os presos, que passavam no CDP da Ribeira, por exemplo, têm o cabelo tirado “por máquina de número dois, não é por máquina zero”.
Fonte: Tribuna do Norte